Criada em julho de 2007 pela Lei 7.019, a Secretaria de Estado de Pesca e Aqüicultura – SEPAq, assumiu o desafio de formular, planejar, coordenar e executar as políticas e diretrizes para o desenvolvimento sustentável, integrado e participativo das atividades pesqueira e aqüícola no Estado do Pará, contribuindo para dinamizar a economia, potencializar as vantagens comparativas do Estado e os benefícios sociais decorrentes.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
A utilidade dos resíduos de pesca
Artesã recicla redes de pesca, escamas e couro de peixe como matéria-prima para sua arte
Fonte: The Epoch Times por Marcia Cunha e Ticiane Rossi
Imagem: The Epoch Times por Marcia Cunha
A artesã Karine Portela (foto) é um exemplo do empreendedorismo da mulher brasileira e da diversidade e riqueza do artesanato das diferentes regiões do Brasil. Da Colônia de Pescadores São Pedro, localizada no segundo distrito de Pelotas, extremo sul do Brasil, Karine transforma lixo em arte. Recicla redes de pesca, escamas e couro de peixe.
A artesã retira da rede de pesca descartada pelos pescadores a matéria-prima para suas peças. As redes de pesca, que serviram para arrastar safras de camarão, se transformam em charmosas bolsas, carteiras e nécessaires, tecidas em um rústico tear.
“Nós usamos esta rede que seria jogada fora na praia. Fazemos a higiene da rede para limpar, desfiamos e tecemos com ela”, explica a artesã.
As escamas de peixe viram delicadas biojóias. São colares, pulseiras e brincos, que misturam escamas e prata, aliando criatividade ao requinte.
“Trabalho também com o couro do peixe. Faço carteiras, pulseiras e alguma coisa em chaveiro também” completa Karine.
O couro da corvina, tainha, cascuda e linguado, vira também tecido para criativas bolsas e detalhes ornamentais de lenços.
Há uns dez anos, uma professora ensinou Karine e outros artesãos a fina arte de usar material como conchinhas do mar, ossos, pele de peixe e sementes para melhorar a renda familiar deles. Mais tarde, a Emater os ensinou a fazer bijouteria de escamas.
Mais recentemente, há quatro anos, um projeto do Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Sebrae/RS) mostrou aos artesãos outras formas de agregar mais valor ao seus trabalhos manuais. Eles passaram então a fazer artesanato com rede de pesca, que após 5 a 6 anos de uso precisam ser substituídas.
“Comecei a trabalhar para gerar renda, mas hoje é mais do que isto: é o prazer, a alegria de trabalhar com aquilo que gostamos. É também gratificante porque damos oportunidade [de trabalho] para outras pessoas, pois às vezes precisamos de auxiliares na produção”, diz Karine.
Ela faz parte do grupo de artesãs Redeiras do projeto Artesanato Mar de Dentro do Sebrae/RS, que orienta e fortalece o protagonismo das artesãs na produção, gestão, comercialização e acesso as politicas públicas.
Revista IPesque