Obras do projeto Curuperé estão avançadas |
Viveiros de Terra Alta já produzem cerca de 2 milhões de alevinos |
O setor de aquicultura no Pará apresentará grandes novidades até o primeiro semestre de 2013. Isso porque a previsão para a entrega do projeto Curuperé, que abrange as obras do Centro de Capacitação do Nordeste Paraense e da Estação de Aquicultura Marinha Fernando Flambot, em Curuçá, tem previsão para, no máximo, os primeiros meses de 2013. Além disso, outras estações de aqüicultura do Estado estão passando por reformas e ampliações. As obras são de responsabilidade do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura (Sepaq), em parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), que financiou grande parte dos projetos.
No projeto Curuperé, uma grande inovação para o setor será o Centro de Capacitação do Nordeste Paraense, que contará com dois alojamentos (cada um para 30 pessoas), um refeitório para 100 pessoas, duas salas de aula (cada uma para 30 pessoas), auditório para 100 pessoas, um prédio onde funcionará uma oficina (onde serão feitas as aulas práticas de motores, embarcações e apetrechos de peças) e uma unidade de processamento de pescado. Essa unidade irá processar peixes, ostras e caranguejo. Ou seja, poderá ser a primeira unidade a processar a massa do caranguejo de acordo com as normas estabelecidas pela vigilância sanitária, podendo ter a sua comercialização liberada.
O principal objetivo do Centro de Capacitação do Nordeste Paraense é, além de estimular a pesquisa no setor de aquicultura no Estado, possibilitar um espaço propício para a capacitação de alunos do segmento. “Já estamos conversando com as universidades e os demais cursos técnicos para fecharmos parcerias”, destacou o secretário da Sepaq, Henrique Sawaki.
Já a Estação de Aquicultura Marinha Fernando Flambot contará, além dos sete viveiros que produzirão uma média de dois milhões de alevinos marinhos e cerca de cinco milhões de pós-larvas de camarão por ano, com um depósito de material, um laboratório marinho para pesquisa de peixes e camarões, um laboratório científico com quatro tipos de análises: nutrição, qualidade da água, ictiopatologia (doenças na produção animal) e sala de proteína. O laboratório científico terá, também, oito salas para montagem de experimentos, sete salas para pesquisadores e sete salas para estagiários.
Estações de Aquicultura de Terra Alta e Santa Rosa serão ampliadas e reformadas
O projeto de ampliação e reforma da Estação de Aquicultura de Terra Alta, que já está em fase de licitação, contará com um depósito de ração, a reforma do atual laboratório, a construção de um novo laboratório para aumentar a produção de alevinos (que passará de seis para 24 incubadoras), um prédio com duas salas de aula e um auditório e um refeitório.
Além disso, já existe um projeto, em fase de aprovação, para a reforma e a ampliação dos viveiros de terra existentes na estação, que foi construída na década de 80. A ideia é ampliar os seis viveiros já existentes para 35. Só no ano passado, a Estação de Aquicultura de Terra Alta produziu cerca de dois milhões de alevinos. Desse total, 250 mil alevinos foram doados para atender as necessidades dos produtores do Estado. A ideia é dobrar a produção com esse novo incentivo.
A reforma da Estação de Aquicultura de Santa Rosa, localizada em Santarém, contará com a reforma do laboratório já existente, a construção de um laboratório próprio para o estudo do pirarucu, uma lagoa de decantação e 19 novos viveiros.
Uruará ganhará Estação de Aquicultura
O município de Uruará ganhará uma Estação de Aquicultura própria. As construções já estão cerca de 60% concluídas. A Estação de Aquicultura de Uruará contará com um laboratório, oito viveiros e uma cisterna. A ideia é que a estação produza, por ano, mais dois milhões de alevinos.