O recente desastre nuclear ocorrido no Japão levou o país a reduzir o consumo de camarão, um baque para os exportadores do produto, considerando que o mercado japonês é o segundo maior cliente mundial do setor. O retrato foi apresentado pela pesquisadora da Malásia, Shirlene Anthonysamy, durante palestra ontem no VIII Simpósio Internacional da Carcinicultura, parte da programação da Feira Nacional do Camarão (Fenacam), que termina hoje no Centro de Convenções de Natal. "Tendências no mercado asiático do camarão" foi o tema central da palestra.
Shirlene enfatizou os japoneses estão temerosos em consumir o crustáceo, contaminado, mesmo sendo proveniente de outros países. "Mas em contrapartida, de 2010 para cá o consumo do produto nos países asiáticos subiu 34%. Só a China produz hoje mais da metade do camarão de cativeiro consumido em todo o planeta", complementou.A programação científica da Fenacam segue até hoje, juntamente com o congresso científico da WAS. Alguns temas a serem abordados são: "O sucesso da produção de camarão orgânico cultivado no Brasil" e "Situação e tendências atuais da carcinicultura brasileiro.
Dentro da programação também está sendo realizado o Festival Gastronômico de Frutos do Mar, das 12h às 15h e das 19h às 22h, no Pavilhão das Dunas.
A Fenacam ocorre no Pavilhão Morton Mariz de Faria, localizado no Centro de Convenções, com mais de 300 estandes dispostos numa área de 4 mil metros quadrados.
O secretário de pesca e aquiultura do Pará, Asdrubal Bentes, foi um dos participantes do evento em Natal.