"Podemos dobrar a produção de camarão em uma década, de forma responsável?" foi o que o palestrante internacional George Chamberlain respondeu durante sua apresentação ontem, segundo dia da Feira Nacional do Camarão (Fenacam), no Centro de Convenções de Natal. Em sua fala, o palestrante acrescentou que "o desenvolvimento da genética do crustáceo dá a possibilidade de produzir mais, em menor tempo. Se a produção demora 100 dias e o empresário consegue obter a mesma produção em 70 dias, ele gastará menos energia e com isso diminuirá os custos da produção e o impacto ambiental". Chamberlain foi o segundo palestrante da programação do VIII Simpósio Internacional de Camarão. A primeira foi a ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, que ressaltou a importância de o governo federal investir no setor de pescado no Brasil: "temos uma costa favorável mas uma produção ainda muito ineficiente".
Para a ministra, o crescimento de atividades relacionadas à pesca e piscicultura no Brasil deve continuar sendo incentivado como forma de incrementar a economia e a alimentação do brasileiro.
Além de ministrar a palestra "Políticas Nacionais para o Desenvolvimento da Aquicultura no Brasil", Ideli Salvatti visitou a Feira Internacional de Serviços e Produtos para Aquicultura, onde estão disponíveis 300 estandes com serviços, produtos e novas tecnologias.
A Feira será aberta até a quinta-feira, das 10h30 às 19h. Já as atividades científicas vão até sexta com 70 palestras, workshops, e mini-cursos ministrados por palestrantes de diversos países.
O Secretário de Pesca e Aquicultura do Pará, Asdrubal Bentes, é um dos participantes da Feira e do WAS, o maior evento da piscicultura do mundo.
