A Feira do Peixe Pra Valer é promovida pelo Governo do Estado na capital e no interior
O secretário de Pesca e Aquicultura do Estado, Henrique Sawaki comemorou o sucesso da parceria entre Governo, produtores e o setor pesqueiro
A Feira do Peixe Pra Valer, promovida pelo Governo do Estado, movimentou nesta quarta-feira, 4, desde cedo, vários pontos de venda em todo o Estado. Só na capital são 20 os locais onde o Governo disponibiliza pescado a preço bem popular, e com qualidade. Além do produto congelado, alguns locais também disponibilizam peixe vivo, caranguejo, camarão e ostras. A população aproveita a oferta para economizar e garantir o abastecimento para a Semana Santa.
Na sede das Centrais de Abastecimento do Pará (Ceasa), em Belém, o movimento foi intenso logo no início da manhã. Antes mesmo das 6h a população já fazia fila para comprar o peixe vivo. A maranhense Conceição Pereira, de 47 anos, comprou 15 quilos de tambaqui para preparar para toda a família no almoço de Páscoa. Para ela, não há alimento mais saudável do que o pescado fresco. “Todo ano eu venho à feira do peixe popular e do peixe vivo para comprar o prato principal do nosso almoço. É muito mais barato. A gente economiza e compra peixe de qualidade, fresquinho. Lembro da minha terra quando como peixe assim”, disse a atendente, que vive há anos no Pará.
Ainda na Ceasa, quem também aproveitou o preço baixo e a qualidade dos peixes vendidos foi o carregador de mercadorias Sidney da Silva, de 30 anos. Ele trabalha na central de abastecimento e, durante uma folga do trabalho, comprou o pescado para a família. “Deu para comprar tudo o que eu quis aqui. O nosso almoço está garantido. Vai ter peixe à vontade para todo mundo”, afirmou Sidney, que reservou 200 reais para comprar o peixe e gastou bem menos que a metade comprando quase 4 quilos de tambaqui vivo.
Outro ponto de venda bastante procurado na capital foi o do Parque de Exposições do Entroncamento. Lá muita gente chegou cedo para ser um dos primeiros na feira, que abriu às 8h. Wilson Queiroz estava com a sacola cheia. Dourada, Piramutaba, Pescada Branca, caranguejo e ostras, tudo comprado com economia, segundo o consumidor. “Eu cheguei cedo e consegui fazer boas compras. Comprei bastante peixe, caranguejo e até ostras. E ainda sobrou dinheiro para comprar o complemento do almoço de domingo”, contou Wilson.
O aposentado Dacildo Garcia, assim como Wilson, comprou produtos bem variados no Entroncamento. Em pouco tempo de feira, ele encheu as sacolas com duas dúzias de ostras, três quilos de tambaqui e ainda estava a procura de Dourada para o almoço da Páscoa. Para ele, o preço baixo foi o que permitiu a variedade nos ingredientes para a Semana Santa. “Aqui o preço está bem melhor do que nos mercados. A gente compra até ostra, que é difícil conseguir aqui em Belém”.
Lucro
Para os consumidores, uma oportunidade para comprar a preços populares o pescado, crustáceos e frutos do mar para a Semana Santa. Para os produtores que comercializam os produtos, a Feira do Peixe Pra Valer, do Governo do Estado, é uma grande oportunidade de lucro. A produtora de ostras Rosa Teixeira, de Augusto Corrêa, veio à capital para participar do evento. Animada, ela garantiu que o lucro que ela terá nesses dois dias da feira consegue cobrir o que ela ganha em seis meses de trabalho no seu município. “É a minha primeira vez aqui na Feira. Isso é uma boa oportunidade para nós produtores. Vou ganhar 2 mil reais vendendo 100 dúzias de ostras nesses dois dias. Geralmente isto é o que eu ganho em seis meses, vendendo para restaurantes da região. A Páscoa será muito boa este ano”, afirmou Rosa, que há 5 anos mantém um criadouro de ostras.
Os peixes vivos vendidos em Belém e na Região Metropolitana estão sendo fornecidos pelo criadouro de Djânia Guimarães, do município de Bonito. O período, para ela, é o mais lucrativo do ano. “A feira nos permite oferecer o nosso produto em grande quantidade, a um bom preço para a população. Isso também nos garante uma boa margem de lucro. É a época que a gente mais fatura”.
O secretário de Pesca e Aquicultura do Estado, Henrique Sawaki, disse que a Feira do Peixe Pra Valer é resultado de uma parceria do Governo do Estado com o setor pesqueiro, que inclui as cooperativas, associações e indústrias. “Essa parceria que o Estado fez garante para a população uma grande quantidade de pescado, com qualidade, a preços bem populares. Tudo foi pensando para colocar à disposição produtos para todo mundo”, resumiu o secretário.
Feira
As Feiras do Peixe Popular e do Peixe Vivo acontecem até esta quinta-feira, 5, no Pará. Somente na capital são 20 pontos de venda de pescado, sendo que 19 são destinados ao peixe popular, cinco ao peixe vivo, dois à venda de caranguejo e outros dois à venda de ostra. Em alguns pontos estratégicos, como o Centur e o Entroncamento, o consumidor vai poder encontrar todos esses itens. No Centur e no campus da Universidade do Estado do Pará (Uepa) da avenida Almirante Barroso, também são ofertados produtos nobres congelados, a exemplo do filé de dourada, filé de pescada amarela, bacalhau e camarão.
Além de Belém e Região Metropolitana, outros 28 municípios do interior também têm feiras para a venda de peixe, entre eles Santarém, Conceição do Araguaia, São Félix do Xingu, Altamira e Breves. Os moradores dessas regiões têm acesso a peixes de criação e de captura, comercializados, em média, a R$ 8,50 o quilo. O horário de funcionamento das feiras será de 8h às 17h, mas o posto de venda da Ceasa, na capital, funciona desde a madrugada, ofertando peixe vivo.
Texto:Thiago Melo - Secom