Criada em julho de 2007 pela Lei 7.019, a Secretaria de Estado de Pesca e Aqüicultura – SEPAq, assumiu o desafio de formular, planejar, coordenar e executar as políticas e diretrizes para o desenvolvimento sustentável, integrado e participativo das atividades pesqueira e aqüícola no Estado do Pará, contribuindo para dinamizar a economia, potencializar as vantagens comparativas do Estado e os benefícios sociais decorrentes.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Recorde mundial: Tucunaré-Açu
O feito aconteceu em Santa Isabel do Rio Negro, no Estado do Amazonas, em novembro de 2010
Fonte: Revista Ecoaventura
Imagem: Revista Ecoaventura
O empresário Andrea Zaccherini, de Ribeirão Preto-SP, proprietário do barco-hotel Angatu, entrou para a história da pesca esportiva. Após capturar um Tucunaré-açu (Cichla temensis) que pesou 13,19 quilos (29 libras e 1 onça), ele se tornou o recordista mundial reconhecido pela IGFA (Internacional Game Fish Association) para essa espécie. Segundo o FTB (Fórum Turma do Biguá), onde o campeão contou a aventura nos mínimos detalhes, a batalha em si não foi das mais difíceis, mas tudo foi inesperado.
Em novembro de 2010, como é de costume, Andrea resolveu pescar nas águas de Santa Isabel do Rio Negro, já que esse canto do País é seu refúgio constante. Ele estava com o companheiro de pesca, Bernardo Ometto, e mais o guia Kelson Carneiro. O Tucunaré-açu que o consagrou apareceu em um lago dessa região (que ele e os parceiros de pesca batizaram de “Lago Secreto”), logo após fisgar outro exemplar da mesma espécie, mas de porte médio.
Como é recorrente em boas histórias de grandes espécimes, a intuição de Andrea o alertou quando, ao arremessar próximo a uma galhada e à margem, uma onda se formou, e a isca foi tragada. “Sabíamos que era um bom peixe, apesar de não imaginarmos seu tamanho. O Tucunaré-açu deslocou-se para o meio do lago e, após uma pequena briga, saltou perto da proa do bote. Foi quando vimos seu porte, e quase tivemos um ataque do coração”, relata o recordista em palavras publicadas no fórum virtual.
O material utilizado foi uma carretilha com velocidade de recolhimento 7.3, vara 6’6’’, linha 65 libras e isca de hélice. O peixão tomou linha na flor d’água e, como estava a apenas cinco metros do bote, deu para ver que tinha sido bem fisgado. “Essa constatação nos trouxe um pouco de tranquilidade, mas não evitou a tremedeira, que só passou horas mais tarde”, complementa.
Dilema
Quando os três integrantes do barco se acalmaram, veio o dilema: “Levamos o peixe ou não?”. Andrea, defensor da pesca consciente, agregador de valores do pesque e solte, não queria tirar a vida do Tucunaré. Por outro lado, sem trena a bordo, como provaria estar de posse de um possível recorde mundial?
O pescador sabia que precisava juntar todas as provas exigidas pela IGFA, ou não poderia mostrar que seu troféu ultrapassava o Tununaré-açu do norte-americano William Gassmann, que, desde fevereiro de 2010, detinha esse recorde com um espécime de 28 libras (12,712 quilos).
O peixão ficou por quase duas horas dentro da água. A indecisão só acabou quando Andrea constatou que ele já não tinha mais condições de viver. “Sinto um grande aperto no peito por ter sacrificado o peixe da minha vida. Quase o soltei. Entretanto, sabia que aquele exemplar já era muito velho e que tinha passado seu código genético a muitos outros peixes. Tenho certeza de que, durante muito tempo, vamos pegar filhos, netos e bisnetos desse grande Tucunaré”, prevê o pescador.
No barco havia um boga grip, mas não homologado pela IGFA. “Não estávamos preparados para essa situação e, por isso, optamos por levar o exemplar o mais rápido possível a fim de congelá-lo ainda hidratado”.
Revista IPesque