Para não perder mais clientes, cidade do sul do Pantanal decide fazer campanha que incentiva o pesque-e-solte dos “reis do rio”. Medida, no entanto, ainda não é lei
Por: Lielson Tiozzo
Preservar os peixes é o melhor caminho para atrair mais turistas e gerar mais lucro. Pensando nisso, o empresariado do turismo de Corumbá (MS) decidiu lançar uma campanha oficial de proteção ao dourado, espécie favorita de milhares de pescadores esportivos, a partir do dia 11 de fevereiro.
A idéia visa aumentar o ‘estoque’ de dourados no sul do Pantanal, já que a região tem perdido muitos de seus visitantes para outras como Corrientes, na Argentina, onde o “rei do rio” é protegido por lei.
“O dourado ainda não será protegido por lei em Corumbá, mas vamos fazer uma campanha de conscientização incentivando os pescadores a liberarem os dourados fisgados”, explica a presidente da Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo (Acert), Joice Marques.
A decisão de proteger o dourado partiu de um consenso entre os empresários. “A pesca do dourado é diferente. Você tem que trabalhar a isca. Então é um peixe diferente dos outros. Você tem que gostar de pescar o dourado, não é simplesmente pescá-lo. Por isso a opção por ele”, justifica Joice.
No mesmo dia 11 de fevereiro a Acert promoverá um curso para os guias da região a respeito do manuseio do dourado na pesca esportiva, evitando o estresse e possíveis lesões causadas no momento da soltura.
Proteção ao dourado
A iniciativa dos empresários de Corumbá segue a linha da que foi feita no ano passado em Cáceres (MT) e em Foz do Iguaçu (PR). No entanto, nessas cidades a proteção ao dourado é amparada por lei municipal.
A idéia de preservação para as cidades brasileiras vem principalmente da região argentina de Corrientes, que, segundo a secretaria de turismo local, recebe pelo menos 50 mil brasileiros por ano para a pesca dos grandes dourados e surubins.