Readequar e ampliar o projeto do parque aquícola de Breu Branco, no lago de Tucuruí, foi uma das principais pautas discutidas nessa semana na Secretaria de Pesca e Aquicultura do Pará, por intermédio do secretário Asdrubal Bentes junto com representantes da secretaria e da Eletronorte. Entre os pontos cruciais debatidos para o sucesso do projeto, que é considerado um dos maiores do mundo neste segmento, estão questões ainda não resolvidas como alguns impasses no licenciamento ambiental, a ausência de uma infra-estrutura adequada para escoar a produção, além da aquisição de alguns itens não previstos pelo projeto original. As pendências no licenciamento ficam por conta de um estorvo entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e o Ministério da Pesca e Aquicultura. A Sema fez o licenciamento de todo o parque aquícola, enquanto o Ministério afirma que é necessário licenciar alguns lotes de dentro do parque. “Para isso, iremos providenciar uma reunião com o Ministério da Pesca e Aquicultura, a Sema e a Eletronorte para pautar o licenciamento dos lotes”, explicou o secretário Asdrubal Bentes.
Itens não previstos pelo convênio, iniciado no governo passado, serão de responsabilidade da Sepaq. “Nós iremos assumir as despesas com as bombonas, carrinhos de mão e outros equipamentos necessários para a produção”, destacou Asdrubal Bentes. A capacitação dos pescadores também deve continuar nesse semestre. “Nós iremos trabalhar para a capacitação completa de 30 pescadores que não conseguiram completar o primeiro módulo”, destacou.
Na questão da infraestrutura, estão previstas a construção de uma estrada e de um galpão através de parceria com a prefeitura de Breu Branco. Porém, a Sepaq pretende beneficiar ainda os outros cinco municípios que não são beneficiados atualmente pelo parque. “Nós queremos que Goianésia do Pará, Itupiranga, Jacundá, Nova Ipixuna e Novo Repartimento também tenham projetos de beneficiamento com o apoio da Sepaq”, ressaltou o secretário.
Parque aquícola - As áreas aquícolas se destinam principalmente a famílias impactadas pela barragem, no rio Tocantins, e pelas duas eclusas de Tucuruí. Os pescadores, que ficaram sem acesso às suas áreas tradicionais de pesca, moram principalmente na comunidade de Breu Branco ou na cidade de Tucuruí. O projeto de piscicultura de Breu Branco é considerado um dos maiores do mundo.
