Um dos mais antigos vertebrados a ter mandíbula conforme estudo da revista ´Nature´
Fonte: G1 SP por Redação
Imagem: Divulgação
Revista ´Nature´ por Esben Horn
Cientistas analisaram fósseis de um tipo de peixe pré-histórico, conhecido como placodermo, para estudar as origens de dentes e das mandíbulas nos vertebrados. O estudo, publicado na edição online da revista "Nature" desta quarta-feira (17), foi realizado pela Universidade de Bristol, pelo Museu de História Natural de Londres (ambos na Grã-Bretanha), pela Universitade de Curtin, na Austrália, e pela Universidade de Zurique, na Suíça.
O peixe, da classe Placodermi, é um dos mais antigos vertebrados conhecidos a ter mandíbula, de acordo com o estudo. Os cientistas, no entanto, confirmaram no estudo que estes animais deveriam possuir dentes verdadeiros, com dentina e cavidade para a polpa. Até agora, pesquisadores acreditavam que eles possuíam estruturas que imitavam dentição ou, até, não possuíam dentes de forma alguma.
Apesar da descoberta, o estudo aponta que as mandíbulas dos Placodermi eram primitivas em comparação com outros vertebrados e que sua forma de substituição dos dentes perdidos era diferente de outros animais.
O estudo aponta que os dentes estiveram presentes até nos vertebrados mais primitivos, ao contrário do que se imaginava. "Ossificações dentais superiores e inferiores ocorrem nos placodermos", disseram os cientistas na pesquisa publicada na "Nature". Estes peixes, avaliam os pesquisadores, "são cruciais para entender a evolução dos dentes e mandíbulas".
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