quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Novo método de acomodação para o transporte do caranguejo-uçá vivo em basquetas mostra-se exitoso

Nota Técnica mostra a redução da mortalidade no transporte do caranguejo

Durante visita técnica realizada pelos técnicos Átila Brandão, Marcelo Mousinho e Patrick Passos ao município de São João da Ponta foi ministrado o curso sobre a logística de acomodação do caranguejo uçá. Bem como, aplicado o método de armazenamento e transporte do crustáceo aprimorado pela Sepaq em 2011, que consiste em selecionar o tamanho do animal, acomodá-los sobre esponjas embebidas em água e transportá-los em basquetas. Visando assim maior conforto do animal e diminuição da taxa de mortalidade. Com a aplicação desse novo método, foi possível observar algumas diferenças em relação ao método tradicional utilizado no transporte desses animais, que atualmente é feito em sacos de ráfia. Sem dúvida, o principal benefício verificado foi em relação à mortalidade. Em comparação com o método de transporte tradicional, a mortalidade foi reduzida de 50% para menos de 1%, segundo dados da própria SEPAq. Tal fato foi possível graças a alguns aspectos que devem ser considerados, como a distância do município de São João da Ponta para Belém, que é e feito em 2 horas e o tempo entre a tirada do caranguejo e o acondicionamento, que foi em média, de 2 horas em cada comunidade do município, sendo São Francisco e Deolândia.

Além da forma zelosa que os animais foram acomodados nas basquetas, evitando traumas ao animal no processo que envolve o transporte até Belém.

Os técnicos da Sepaq estão trabalhando para aprimorar a técnica proposta pela Embrapa Meio Norte em 2007 e adequando a realidade amazônica, os resultados após sete processos de comercialização do crustáceo, dentro da Feira do Pescado realizada pela Secretaria nos bairros de Belém são exitosos, tendo em vista que as seis primeiras experiências a mortalidade do animal acomodado e transportado vivo nesse novo método foi reduzida para 8% de mortalidade e agora chegou ao seu melhor índice com 0.8% de perda. O que demonstra o avanço na cadeia produtiva do caranguejo, pois a alta mortalidade do crustáceo é uma lacuna que deve ser sanada tão logo.

Outros resultados são o incremento direto na renda do caranguejeiro, pois a comercialização do animal em parceria com a Secretaria Estadual de Pesca e Aquicultura, rendeu em média R$ 82,00 ( oitenta e dois reais) para cada caranguejeiro, equivalente a dois dias de trabalho, posto que cada centena do animal seja vendida no município de São João da Ponta em média por 0,40 centavos a unidade.
(Átila Santos Brandão)